Quando começou o ano de 2021 eu estava em uma positividade que não me continha, era uma nova esperança para esse ano em que receberíamos a vacina contra o covid19 que poderia parar um esse caos que estamos vivendo. Era sim uma esperança verdadeira, mas por outro lado era um pouco de inocência e até de ilusão.
No país onde a politica se faz acima da saúde da população, onde parece mais uma guerra de poder do que o interesse em salvar vidas, todos estão sendo afetados e mais ainda, a própria população não está colaborando com as normas e restrições para que o vírus não circule, evitando a lotação de leitos, o sobrecarregamento do sistema de saúde e as mortes que infelizmente só crescem.
Entendo que precisamos trabalhar e que certos serviços precisam ser abertos, mas existe um controle para tudo isso, o que minha indignação deixa me louco é certas pessoas achando o direito de estar em festas, reuniões de bares, aglomerações que não fazem sentido algum estar no momento.
O ano de 2020 passei por tanta coisa, em que achei que tudo tinha ficado naquele ano, mais infelizmente eu estava engando, em março desse nos perdemos nossa amada avozinha, Dona Messeana, que foi uma grande mulher, uma guerreira, dona de uma personalidade forte e cheia de força. É um baque receber a notícia depois de tantas orações, de nutrir uma esperança onde ela sempre chegaria em sua casinha, para tomar seu café sentada na cadeira vermelha, e assistir suas novelas.
Hoje a saudade fica guardada no peito, as lembranças ficam onde ela contava história, assando bolos e fazendo aquele fubá torrado maravilhoso, aquele arroz e feijão que só ela sabia fazer. Lembro do dia em que formos de excursão para a Aparecida de Norte, e avó sempre trazia aqueles biscoitos polvilho gigante para todo mundo.
Sabe aquele sentimento de falta é isso que fica dentro do peito, a indignação com a partida dela é tão grande, e me dói quando vejo pessoas estarem nem aí para toda a situação.
Esperar pelo horror que pode acontecer, não, mas estar preparado para qualquer coisa, fazer tudo com carinho, deixar amor para onde você for, com quem for. Hoje é a palavra empatia nunca fez tanto sentido, os tempos são outros e estamos condizentes com a realidade é mais que necessário.
Espero do fundo do meu coração que a vacinação possa avançar o mais rápido possível e que possamos ter momentos de paz.
Minhas lembranças eternas a minha avó Messeana, e meu respeito e sentimentos por todas almas que partiram.
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Rafael Gulerps Login:
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